Minha experiência como Guarda Vidas Temporária

Sempre gostei de vivenciar novas experiências e estar atenta às oportunidades que a vida me oferece.

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Quatro meses após ter me mudado para a praia, depois de já ter feito algumas aulas de surf e de canoa havaiana, recebi a informação de que haveria um mini curso para aqueles que fazem esportes aquáticos, que estão sempre no mar, o salva surf.

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O projeto oferece treinamento básico de salvamento e primeiros socorros em casos de afogamento, e é oferecido pelo GBMar (Grupamento de Bombeiros Marítimos), uma forma de aumentar a proteção aos banhistas.

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Na hora em que vi já fiquei interessada em participar, afinal, queria cada vez mais adquirir conhecimento sobre o mar. E assim foi, participei no dia do curso e adorei o treinamento.

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Ao final do curso soube que estavam abertas as inscrições para o GVT, para trabalhar como Guarda Vidas Temporário durante quatro meses no final do ano, pensei: será!? Conversei com minha mãe e ela me deu a maior força, o que era fundamental pra mim, pois precisaria voltar a treinar em um mês até a prova TAF, que é o teste de aptidão física, e depois passando, seria necessário que ela ficasse com meus filhos para que pudesse trabalhar.

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Foi um mês de treinamento intenso, correndo, pedalando e nadando, para quem não treinava firme há muito tempo, foi uma corrida contra o tempo e uma insegurança, pensando se realmente conseguiria. Mas, estava disposta a tentar e dar o meu melhor naquele momento, o que me fez passar no teste.

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Depois de aprovada para o curso passei por 15 dias de treinamento pesado e específico para o trabalho, tanto teoria como prática. Foram dias de exaustão, enfrentanto chuva, muito frio e mar. Nunca passei tanto frio na minha vida! Além disso, chegava super cansada em casa e não conseguia dar muita atenção às crianças. Foi um desafio, várias vezes pensei em desistir, mas o desejo de superar meus próprios limites falaram mais alto.

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E todo esforço traz sua recompensa. A dedicação total resultou em primeiro lugar na colocação geral. Um feito histórico pra mim e para a cidade, que pela primeira vez teve uma mulher como primeira colocada. Imagina a minha alegria!? Pude ver que aquele era só o começo. Sensação inexplicável de voltar a acreditar em mim.

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Foi uma aventura e experiência incrível, com muita responsabilidade. Tenho gratidão por tudo o que vivi e aprendi nesse período, pelas histórias que ouvi, pelas pessoas que conheci e que muito me ensinaram, direta e indiretamente. Um aprendizado pra vida. Amadureci muitas questões emocionais também, que precisavam ser trabalhadas.

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Dessa experiência trago a certeza de que estou no lugar certo, que minha alma é mesmo caiçara. E que venham muitas outras histórias pra viver e poder dividir com vocês.